quinta-feira, 21 de novembro de 2019

NESSE TEMPO DE OUTRORA...



NESSE TEMPO DE OUTRORA...

Quero passear pelos campos fora,
como no tempo de outrora...
quando eu era pequenina...
que brincava, corria, sorria e saltava
quando passeava pelos campos fora!

Nesse tempo de outrora...
eu recordo... “o tempo de Primavera”
que logo, no alvorecer da luz do dia
eu acordava mesmo deleitada...
com a melodia do chilrear da cotovia!
Em tempo de festa... era uma alegria
Maravilhada... eu inspirava o cheirinho das flores
nos alegres passeios com a Família, “os meus amores!...”

Nesse tempo de outrora...
quando eu era pequenina...
eu recordo que brincava, corria, sorria e saltava
quando passeava pelos campos fora!

Nesse tempo de outrora...
eu recordo... “o tempo de Verão”
na quietude do nascer do dia
e antes, do romper do Sol 
eu ouvia a melodia do chilrear do rouxinol!
Era um tempo feliz...eu sorria
e todo o dia, em alegria...
eu via as lindas joaninhas, as abelhinhas
e as borboletas de multicor
em precioso e encantador labor!
Velozes esvoaçavam e pousavam
suavemente, numa e noutra bela flor!

Nesse tempo de outrora...
quando eu era pequenina...                                                                                               
eu recordo que brincava, corria, sorria e saltava
quando passeava pelos campos fora!

Nesse tempo de outrora...
eu recordo... “o tempo de Outono” 
por vezes, já pardacento ao romper do dia 
até, parecia que o Sol se escondia...
e já, corria uma aragem fria.
Era tempo de certa monotonia e até, de nostalgia...
sentia saudade da luz do Sol a brilhar,
estava já, sedenta de me encantar!...

Nesse tempo de outrora...
quando eu era pequenina...
eu recordo que brincava, corria, sorria e saltava
quando passeava pelos campos fora!

Nesse tempo de outrora...
eu recordo... “o tempo de Invernia”. 
Nas intempéries... relampejava e trovejava,
quase sempre chovia, fazia frio e ventania
já, rompia gélido... o dia a dia   
e mais cedo, o dia entardecia.
Nesse tempo, eu era uma criança pequenina,
mas, já andava na escolinha,                                                                                                   
então, “era tempo de mais calmaria...
na doce companhia da Família,
a brincar... e a ouvir histórias de encantar...”
mas também, “empenhada em aprender, ler e estudar”     
da forma que, “os meus adoráveis Paizinhos me educavam”
e assim, ternamente... me falavam:
- “Leninha, se tem que fazer e tem; “faça com Amor e Bem!...”

E foi assim, “a minha doce... Infância
de feliz e encantadora... vivência!”
Nesse tempo de outrora...
quando eu era pequenina...
que brincava, corria, sorria e saltava
quando passeava pelos campos fora!

A pureza... beleza... e “Amor... na Infância!”
“São sublime alegria... da mais linda poesia!”

Helena Maria Simões Duarte
in "Coletânea Galeria Vieira Portuense 2017"

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