Vou deixar-te a ternura de um sorriso
Guardar dentro de mim o teu olhar
Largar em melodia o chão que piso
Entregar-me em volúpia sem falar.
Desnudar a brancura do meu peito
Soltar todo este ardor que tenho em mim
Aqui mesmo - o lugar onde me deito
Entre aromas macios de alecrim.
E se souberes ouvir este meu canto
No largo esvoaçar de uma gaivota
Na ternura contida por enquanto
Saberemos traçar a nossa rota
E na hora do abraço o teu encanto
Fará pousar em mim essa gaivota.
Aida Duarte
in "Coletânea Galeria Vieira Portuense 2019"
Sem comentários:
Enviar um comentário