terça-feira, 25 de junho de 2019

POETA NÃO SOU



POETA NÃO SOU

Um dia, alguém me chamou de poeta
E um sorriso sombreou minha boca,
Na vida nunca almejei essa faceta
E tão aprazível epíteto me sufoca;

Chamem-me fazedor de versos loucos
Catador de palavras belas e amorosas
Ajuntador de versos e ainda uns poucos
Galanteios às doces mulheres mimosas;

Forjo poemas de encantamento e amor
Pinto telas mentais com muita paixão
Esculpo na pedra da libido o meu ardor
Canto louvores à flama do meu coração;

Por favor não me julguem poeta ou escritor
Sou um simples escrevente de rimas que soa
Só entendo versificar estrofes de muit’amor
Sou Fernando, mas não sou Fernando Pessoa.

Fernando Santos

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