AURORA DE ABRIL
Nasceu linda... a aurora:
tão desejada; logo se
sentiu amada.
Então, sorriu!
Sorriu a tanta gente;
que foi de repente, que
tudo floriu!
Estava tão fresca, que
temeu a morte.
Mas alvorou multidões
que do Sul até ao Norte,
com cravos a protegeram!
Ganhou corpo: e radiante
como era;
depressa se tornou forte:
fez vedar as
espingardas...
por Militares
transportadas;
e as embelezou, com
cravos rubros!
Agora; adulta... por
alguns, esquecida
com razão se sente
traída.
Vive descontente e
amargurada...
quer ser agora
rejuvenescida:
nunca mais esquecida,
mas ainda mais amada...
e aurora de nova alvorada
António P. C. Monteiro
Abril-2007
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