O POEMA QUE PEDISTE
Derrama sobre mim, tua
nudez
enquanto escrevo o poema
que pediste
para que eu sinta uma e
outra vez
toda a inspiração que em
ti existe.
Fala-me com voz baixa, em
dialecto
conta-me a história,
deste amor que nos agita
que voa sempre como um
pássaro inquieto
no imenso céu, que todo o
amor suscita.
Descreve-me essa paisagem
de loucura
esse duende gentil, que
não se vê
e que provoca maquiavélica
ternura
sem mesmo nós, sabermos
bem porquê.
E todas as carícias que
me fazes
ardem no fogo do amor,
que eu te dou
dócil inferno, onde
crepitam ansiedades
e outros pecados, que um
ao outro nos levou.
Derrama sobre mim a tua
nudez
enquanto escrevo
o poema que pediste!
Kim Berlusa
in “Viver nas Horas Mortas”
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