HINO
AO
SILÊNCIO DAS PALAVRAS
Há silêncio
Nas palavras que não
escrevo,
Há silêncio
Nas palavras que não
digo,
Há fantasias
Do sonho em que sonho,
Há tortura mental do
consciente
Há loucura a vaguear no
infinito,
Há um brilho exuberante
Na cor negra da
existência
Na cor cinzenta da
escrita,
Há a continuação desta
vida
Ou o outro lado.
Há silêncio nas palavras,
Há poesia à solta,
Há amor efémero,
Há um caminho a correr,
E fico perdido,
No vazio de mim mesmo.
O silêncio de mim;
O silêncio das palavras.
Mário Anselmo
in “O Silêncio das Palavras”
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