sexta-feira, 25 de outubro de 2019

ABRIGOS PERIGOSOS



ABRIGOS PERIGOSOS

Plantadas árvores, derrubei altos muros,
e saltando por valetas, visíveis apuros,
enfrentei feras raivosas violentos inimigos
saídos inesperadamente e sujos abrigos.

E do tempo remoto passado sem querer
sobrou-mo que nunca consegui suster;
_ a loucura duma juventude sem volta
e o último inapagável grito em muda revolta.

Deambulando depois por íngremes serras
procurei-te longe, calcorreando outras terras,
e ao observar rostos q'antes nunca vira
enfrentei a cada rasgado sorriso a mentira.

E sem temor saboreei beijos molhados,
adormecendo em colos almofadados,
quando contava as horas por vir o anoitecer
confundindo teu chamamento sem querer.

Cito Loio
(15 a 18/10/2019)

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