ABRIGOS PERIGOSOS
Plantadas árvores, derrubei altos muros,
e saltando por valetas, visíveis apuros,
enfrentei feras raivosas violentos inimigos
saídos inesperadamente e sujos abrigos.
E do tempo remoto passado sem querer
sobrou-mo que nunca consegui suster;
_ a loucura duma juventude sem volta
e o último inapagável grito em muda revolta.
Deambulando depois por íngremes serras
procurei-te longe, calcorreando outras terras,
e ao observar rostos q'antes nunca vira
enfrentei a cada rasgado sorriso a mentira.
E sem temor saboreei beijos molhados,
adormecendo em colos almofadados,
quando contava as horas por vir o anoitecer
confundindo teu chamamento sem querer.
Cito Loio
(15 a 18/10/2019)
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