quinta-feira, 23 de maio de 2019

A MINHA ESTRELA DE CINEMA



A MINHA ESTRELA DE CINEMA

Era já ao cair da tarde
numa imensidão de sol-pôr no horizonte,
extenso mar, passeavas pela areia da praia,
ao som suave da brisa sol cor laranja poema,
linda catraia, cabelos soltos ao vento
qual estrela de cinema, como já não via faz tempo.

Eras tu, a mulher que mais queria ver
aproximei-me para me certificar
e vi-te num todo resplandecer,
na luz alaranjada do sol-pôr mar onde,
a suave brisa te bafejava, ciumento, apaixonado,
esperava no ansioso desejo de te abraçar
sentir a tua pele abrasadora, ter-te em mim,
na minha pele, linda querida mulher sedutora,
amor-perfeito, lábios de mel.

Acerquei-me de ti de mansinho
sem de conta dares por nada,
vendei-te os olhos, fiz-te um carinho
ficaste silenciosamente inata,
descobriste-me, deste-me um beijinho
e grudamos um no outro,
até á alta suave, amena, madrugada.
E soube-nos a tão pouco...
Pois não!? Pudera, oh minha amada...!?

João Nunes Carneiro
in “Danados Para Escrever”
Coletânea de Escrita Criativa Lusófona

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