DEPOIS...
No cair lívido e
ausente
Acolho-me na minha tela
seca
Sem espaços ou actos
luz
...No embriago de uma
leitura
Que não vejo...
Atiro com as cores do
meu impossível
Junto-lhe bátegas de
espuma apego
Mares de ciano... nuvens
ousadas
Odores de manhãs
frescas
Suores doces de beijos
horizonte
Esboços de luares
sorriso
E o velho olhar...
cega-se no almejo... que sucumbe.
Só... frente à falésia
apoio
As gotas das cores
símbolo
Esmagam-se em danças
sem ritmo
E os fluidos aguarela
Cristalizam em flocos
indefinidos
De arrojos contraste
internos
Em matizes esbatidos de
nós... dor...
No nevoeiro da beleza
perdida
Sinto revoluções
desconhecidas
Ouço silêncios em
discursos gelados
E volto a ler o Início
De datas sem calendário
Ou rimas sem flor
Ou tempos sem
horários...
… … …
Rodopio o fluxo
necessário
De um respirar
constante
E, arrisco escrever...
...Te...
José
Luís Outono
in “Da Janela do Meu (a) Mar (Ed.
Vieira da Silva, 2011)
lido
por Manuela Caldeira
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