TERROR NEGRO
Foi pela calada da noite,
Negra como negro é o terror
Que a morte chegou, sem foice
Mas vestida com a sua cor
Negra, de ódio estampado
No rosto, que não se via
No grito flamejante
Em nome de uma oligarquia
Tão cobardemente roubaram vidas
De gentes inocentes que sonhavam
com o amanhã
Mataram projectos e alegrias construídas
Em nome; em nome não sei de quê
Odeio, importa-me até
Seja em nome de coisa qualquer
Que se mata em nome de uma fé
Seja ele do Corão Califa ou Maomé
Sei também que não haverá justiça
Sei que mais mortes se seguirão
Sei que aos senhores destas guerras
São estas mortes que lhes interessarão
Oxalá que me engane
Mas, creio que não.
Foz do Douro 18 de
Novembro 2015
António D. Lima
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