quinta-feira, 26 de novembro de 2015

TERROR NEGRO


TERROR NEGRO

Foi pela calada da noite,
Negra como negro é o terror
Que a morte chegou, sem foice
Mas vestida com a sua cor

Negra, de ódio estampado
No rosto, que não se via
No grito flamejante
Em nome de uma oligarquia

Tão cobardemente roubaram vidas
De gentes inocentes que sonhavam
com o amanhã
Mataram projectos e alegrias construídas
Em nome; em nome não sei de quê

Odeio, importa-me até
Seja em nome de coisa qualquer
Que se mata em nome de uma fé
Seja ele do Corão Califa ou Maomé

Sei também que não haverá justiça
Sei que mais mortes se seguirão
Sei que aos senhores destas guerras
São estas mortes que lhes interessarão

Oxalá que me engane
Mas, creio que não.

Foz do Douro 18 de Novembro 2015

António D. Lima 

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