quarta-feira, 22 de abril de 2015

ÉTER


ÉTER

Òh, éter da minha mente
meu espaço sideral
luz mortiça e dormente
minha falésia do essencial.

Òh, sim de todos os sins
nave imensa dos meus nãos
Pátria imberbe dos confins
que se diluem pelos chãos.

Òh, placenta de memórias
habitáculo do meu ego
pedra basilar de histórias
que exultam o meu sossego.

Òh, figuras adjacentes
pintadas de cicatrizes
despidas nos reluzentes
palácios de meretrizes.

Òh, centurião dos tempos
de gládios infinitos
esgrime meus sentimentos
trespassa todos os gritos.

Òh, éter da minha mente
cavalgante anestesia
mantêm-me sempre presente
nos prados da Poesia!

Kim Berlusa

in “Viver nas horas Mortas”

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