Com medo de o perder nomeio o
mundo,
Seus quantos e qualidades, seus
objectos,
E assim durmo sonoro no profundo
Poço de astros anónimos e quietos.
Nomeei as coisas e fiquei contente:
Prendi a frase ao texto do
universo.
Quem escuta ao meu peito ainda lá
sente,
Em cada pausa e pulsação, um verso.
Vitorino
Nemésio
lido
por Lourdes Alegria
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