A
ALMA DAS COISAS
Nas
coisas que utilizo, de que abuso
fica
um pedaço d’alma tão visível:
é
a marca indelével, face ao uso,
é
um traço de vida inesquecível!
E
hás-de ver-me num tempo já difuso,
quando
nada te pareça ser possível,
‘inda
rimando ao teu, meu verso luso,
que
esta caneta quer imperecível!
Cruzando-a
entre os dedos vais sentir,
o
quanto ‘inda ficou por te dizer
na
triste e curta hora de partir…
Só
restará de mim uma etiqueta!
Então,
p’ra que possas comigo reviver,
deixo-te
aqui a alma da caneta!
2003-07-04
Maria
de Lourdes Moreira Martins
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