Sempre pelas 16 horas do terceiro Sábado de cada mês, terá lugar, na Galeria Vieira Portuense, a habitual tertúlia de Poesia na Galeria. A entrada é livre.
sábado, 9 de maio de 2020
António Gonçalves
VINTE E CINCO DE ABRIL SEMPRE
Era um povo oprimido, amordaçado pelas garras do poder;
Era um povo isolado, sem paz, trabalho e pão para comer;
Era um povo mudo, sem se poder expressar, sem poder dizer sim e não!
Um povo que aniquilava gentes que independência não tinham, não.
Mas um dia, bem de madrugada, soldados e povo disseram basta,
Sobre Lisboa marcharam, apontaram as armas, prenderam os fascistas,
Com cravos vermelhos nas espingardas fizeram aquela revolução!
Cadeias se abriram, exilados e soldados regressaram e cantou-se liberdade!
Por toda a parte gentes oprimidas ergueram suas bandeiras e criaram-se novas nações.
Devolvidas foram as terras a quem sempre as trabalhou,
E nas ruas e nas fábricas operários unidos cantavam a mesma canção!
O caminho foi criado agora há que continuar e lutar
Por um mundo mais justo e igual sempre em renovada construção.
As mãos ergamos, lutando continuemos, democracia sempre, abaixo ditaduras!
Ao passado não queiramos voltar, a sermos devorados por falcões,
Nem queiramos ser mais peixe para alimentar insaciados tubarões!
Porque quando o mar bate na rocha, diz-se e com razão, quem se lixa é o mexilhão.
Unidos demos as mãos e sempre em democracia vivamos
Não aceitemos mais a tortura de que aqueles Capitães de Abril nos salvaram, e
Livres no pensamento e com direito ao nosso pão, para sempre gritemos:
Viva o 25 de abril!
Viva a liberdade!
Adeus, canalhas!
Jamais ditadura,
Escravidão?
Não!
(ToniAntónio, 25.04.2020)
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