Gaia, o rio, uma estação
A tarde dos livros, o entardecer…
O rumor da pele em cada verso de página
Veloz o caminho rente à água traz a memória de um beijo
Suspenso, o tempo risca o esboço da viagem, quase fim
O frio branco da última neve, antes do café e da torrada em casa
As pessoas distraem olhares, espelhos de interesse,
Saudade, desejo ou de algum cansaço
Folhas abandonadas à sorte, dançam ao vento
Na pele o peso leve dos olhos faz a leitura subtil
e quase tátil da paisagem
Abro a porta ao sorriso… a ponte além…
Manuela Caldeira
in "Coletânea Galeria Vieira Portuense 2019"
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