"Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo"
Sophia de Mello Breyner Andresen
IV
ESPREITO O TEMPO...
Sempre ele a comandar a vida
E enquanto é hora, abraço o campo, a casa, a
terra fresca
Porque, depois de morta, nada será igual.
Haverá ausência de claridade
A perpetuar o reino das sombras que nunca
quis.
Espreito os dias diminuindo, como uma prece
Em que o som não existe
E vou tateando o que nunca foi meu.
Talvez um dia possa voltar
E trazer no gesto a pureza
Um pedaço da liberdade perdida
Um resquício de igualdade
Que a imunda humanidade perdeu.
Perdeu porque não usou.
Conceição
Oliveira
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ResponderEliminarMuito grata à Galeria Vieira Portuense pela oportunidade de colocar a público este meu tributo a Sofia que integrará uma nova Antologia das Edições Temas Originais.
ResponderEliminarAbraços poéticos