TALVEZ VÁ
Talvez morra hoje e sozinho me vá
ou amanhã vitimado, sabe-se lá
de doença terrível, infernal a dor,
a tiro numa ruela de Portugal
só por vingança outro o culpado
sabido depois injusto o castigo.
Talvez morra à falta de abrigo
e larga a distância, tu num baile rindo
em rodopios falha a rima da poesia
inventando truques de negra magia,
enquanto estrelas no céu luzindo
a iluminar gravuras dum tempo antigo.
Talvez morra (sim) num dia qualquer
preso a falsas e múltiplas promessas
esquecido 'nome desenhos no areal,
(longe a terra do primeiro Natal)
e sem q' a mim coisa alguma peças
retrate um'outra imagem de mulher.
Talvez até já tenha morrido
ao saber-me por ti esquecido.
Cito Loio
(Poema sem data nem
valor)
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