sexta-feira, 22 de junho de 2018

PÉLAGO


PÉLAGO

Sou abismo, infindável desespero
Caos e arte num mar que se incendeia
Cataclismo e morte, extremo próspero
Manha engolindo o que me rodeia

Voragem louca que se desfaz
Mito urbano que se autoalimenta,
Chamando a guerra, desprezando a paz
Em espiral rude e cruenta

Estendo os limites do impossível,
Transcendo as fronteiras do irracional
Num vácuo negro, bravio e incompreensível

Sou esquisito, tremendo e irreal
E em expressão firme, imponente
A última geração, mundo imortal.

Noé Alves
in “Sinapse”

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