DIVAGAR
PELA MINHA MENTE
Acordo
cansado de tanto dormir
Desperto,
durmo...
Porque
o tempo!
Jamais
será o mesmo que sonhei
Porque
nas entranhas da minha mente,
rastejei
Em
momentos únicos, errei
Morri,
mas ressuscitei
A
corda que prendia o meu pescoço
Estava
amarrada a árvore
Na
qual temia a minha morte
Pois
a vida enfraquecida
Já
não era mais temida
Pois
que pela árvore que morria
Já
não queria mais a minha sorte
Caído
num sono profundo
Sonhei
o que não queria
Um
ser imundo, sem dó
Nem
dolo, nem mundo
Nas
ruas recalcadas, pisadas e mortas
Fui
bater a todas as portas
Onde
a morte que fugia
A
minha frente corria
Gritando,
esperneando-se
Como
quem corre a deriva
Sem
norte
Eu,
do túmulo frio
Me
levantei
Ergui
a minha espada
Para
ser Rei
José Guterres
in “O Poeta Perdido”
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