TRADIÇÃO
Ando nos braços do vento
Dos hábitos, mofo da história;
E este caminhar tão lento,
Mais me desperta a memória.
Não vejo chegado o momento,
Da liberdade em glória;
Parto sem conhecimento.
De ver a paz em vitória.
És tu também tradição,
Que me impede de voar;
Condicionas a razão,
Do homem ser, ou nação,
Que o progresso quer tomar.
Porque tens que ser traição,
De quem quer continuar?
Seres sempre repetição,
Não te deixas libertar.
Quão difícil a emancipação
Contigo a perpetuar;
És filha da religião,
Que anda a vida a controlar.
Por ser pecado ou traição,
Contra quem não respeitar;
Esquecer-te, dá prisão
E só porque o coração
Quer ser livre, quer voar!
José Faria
Obrigado Galeria Vieira Portuense
ResponderEliminarAbraço poético.