SIMBIOSE
Sou
árvore!
Sou
pássaro!
Sou rio!
Que
corre gorgolejando e segue seu destino,
Sou
pássaro que voa livre na direcção do pôr-do-sol,
Sou
árvore que estoicamente aguenta as fustigadas do vento,
E sem
pranto nem lamento, sigo em frente.
Sou
árvore!
Sou
pássaro!
Sou rio!
Sou
árvore que floriu e gerou fruto,
Rebentos
da minha cepa nasceram,
Que em
meu colo quente e terno cresceram,
Hoje,
sou árvore com vestes de Outono,
Que de
braços estendidos para a vida sorri com brandura.
Sou
árvore!
Sou
pássaro!
Sou rio!
Sou alma
deslumbrada pelas maravilhas do mundo,
Mas que
se confrange com tanto sofrimento que nele existe.
Como
seria bom se toda a dor por magia desaparecesse,
E no
rosto de todos os povos a felicidade transparecesse.
Sou
árvore!.. Sou pássaro!.. Sou rio!..
Sou
mulher!
Ester de Sousa e Sá
in “O Meu Sentir”
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