QUANDO PARTIR
Quando um dia partir levarei comigo
Nos olhos o esplendor da madrugada
As manhãs acetinadas e de luz intensa
E a claridade etérea e inviolada...
Minhas cinzas dispersas unir-se-ão
À candura do mundo ainda intacto
E vogarei nos espaços surreais
Bebendo a perfeição em sorvo lato.
E do que fui guardarei então em mim
A luz alva e dos aromas a doçura
O murmúrio do mar, sua voz rouca
A frontalidade, a verdade e a lisura...
E com elas traçarei novo caminho
Quando um dia de novo ressurgir
E das ânsias indomáveis guardarei
Sua força que então hei-de seguir...
Acilda Almeida
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