quinta-feira, 22 de março de 2018

FALAR DO PORTO



FALAR DO PORTO

Ai se eu fosse pintor
De ti meu Porto, belo poemapintaria
Com tela, tinta, pincel e amor
A tua tão bela história, contaria

As tuas ruas estreitas, vielas e calçadas
Poetizava-as na minha tela
Com as casas desalinhadas
E sardinheiras, em cada janela

Vestia-te com novos jardins
Com cores alegres e vivas
Replantava as rosas e jasmins
Que usurparam das tuas avenidas

Dos Clérigos e da Sé
Vejo o teu belo casario
Uma parte da história que daquise vê
Desce as escarpas até ao rio

E do alto dos Miradouros
De S. João e S. Catarina
Vêem-se os teus belos tesouros
Nobre e Leal Cidade, que és minha

Carinhosamente o Douro é afagado
Pela Ribeira, Miragaia, Cantareira
Infindas histórias têm o teu passado
Tantas são, como asdesta cidade tripeira

À tua cinzenta cor granítica
À bruma do teu alvorecer
Escreveria com tinta acrílica
Amo-te, mesmo depois de eu morrer

Foz do Douro, Junho, 2013
António D. Lima

Sem comentários:

Enviar um comentário