quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A DEMOCRACIA QUE TEMOS


A DEMOCRACIA QUE TEMOS

A rua deserta.
Apenas um bêbado
deitado no meio do caminho.
Um bêbado meio adormecido
na noite fria de Outono,
tresandando a álcool e a solidão
Passou uma vendedeira
a caminho da Ribeira,
ourada e sorridente,
jamais esquecerá a ligeireza
com que a polícia
o varreu da rua,
livrando-se do empecilha,
acantonado agora
entre muros  do albergue
da rua da Liberdade.

Maria Olinda Sol

Lido por Agostinho Costa

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