O
TEMPO DAS CEREJAS
É
no sublinhado traço da palavra
que
respiramos o odor solto do mel
Dançam
esferas rubras um bailado de tons naturais...
O
rosto carmim fala na razão do verso do poema.
Conhecemos
uma paisagem quase volátil
de
folhas verdes em simetria desordenada
que
o sol veste quando o dia se espreguiça
na
viagem ilimitada do tempo restante.
O
chão pinta o desenho das sombras.
O
ar de vento abre-se ao coração dos melros...
Regressamos
ao olhar no sonho escondido.
Os
frutos tocam macios e mornos na ponta dos dedos,
a
escorregar da mão como num sorriso, breve.
Azul,
o céu olha-nos e cobre-nos de bênçãos.
A
ternura da voz ata os nomes no silêncio...
O
gosto do dia guarda coincidências do que possível seja.
É
maio, enlace de primavera
promessa
de verão carmim, em esplendor.
É
tempo de cereja...
M.MANUELA CALDEIRA .V.2017
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