DESVIO
Realizo-me
no inelutável desvio
Na
fatal distorção do seguir em frente,
Na
doce voragem das acrobacias no vazio,
Rumando
com destinos de acidente
Preencho
o espaço das quimeras
Com
as inovações dos afluentes
Por
pressentimentos das animadas esferas
Dos
erros, em sortes mutantes
Morto...
mas mil vezes ressuscitado
Em
todos os descaminhos diferentes,
Da
exploração dos ardis do meu itinerário ramificado
Finalmente,
num arrepiante processo de emenda,
Com
os sentidos num turbilhão amplificado,
Recolho
elementos do caos para nova senda.
Noé Alves
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