quinta-feira, 1 de junho de 2017

Amar em silêncio


Amar em silêncio
Outro adeus
Silenciosamente no corpo nu do poeta
O ar leva-me
Ao ponto de partida
Que chego a abraçar
Sem lágrimas
Com dor de peito rasgado!
Abri minha porta da alma
Caiu-me um pecado
Era invisível a meus olhos
Está emperrado
Com ferrugem caída no chão em pó
Xilófagos da madeira invadem meu armário
Em que guardo segredos
Minha prateleira está fraca
As paredes rachadas pelas fissuras entra frio
Fechadura encravada
Não posso fechar minha porta da alma
Guardar segredos
Dobradiças rangem de dor
Parafusos gritam saltando da ilharga
Da porta de minha alma
Abri minha porta da alma
Entra na minha casa despida
Fria só
Contigo em segredo!


Angelo Vaz

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