DA-ME
Dá-me um sorriso, simples
e liberto
das dores putrefactas e
da solidão
não me quero ver num
sonho deserto
sem ter o estímulo da tua
ilusão.
Dá-me um caminho, onde
brilhe a luz
entre as asperezas da
espessa neblina
desvenda-me a essência
que te conduz
ao esboço imprevisto, do
que te fascina.
Dá-me a frase mote, do
belo poema
que vais escrevendo, dia
após dia
exaltando ideias, na
calma suprema
dessa liberdade presa à
utopia.
Dá-me a volúpia de todas
as ninfas
que habitam p'ra lá dos
confins do céu
onde vão cair as estrelas
vindas
do feto do tempo, que
outrora morreu!
Dá-me a tua mão, ante o
obscuro
e interminável pulsar
latejante
leva-me além, p'ra lá do
futuro
no cavalo alado do agora
instante!
Kim Berlusa
in Viver nas Horas Mortas
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