quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O ÚLTIMO DESEJO


O ÚLTIMO DESEJO

Quando eu morrer (ou pensarem que morri),
Não me vistam de preto, em de escuro junto ao rosto;
É mórbido e triste para quem já não tem vida.
Não me abafem com muitas, muitas flores;
Apenas algumas
De preferência singelas, ou dos vasos e jardins.
Façam algumas preces pela minha alma.
Mas falem comigo,
Mesmo que não ouçam as minhas respostas.
Reúnam-se à volta do meu caixão,
E façam uma tertúlia, sem lágrimas de tristeza.
Cantem e toquem viola, se puderem.
E sobretudo, digam POESIA!
Estarei lá se me deixarem.
Ouvirei e ficarei eternamente grata.
Partirei em Paz e feliz
E, se possível, com o meu melhor sorriso.
E já agora se não é pedir demais.
Leiam em voz alta este poema
(sé que posso chamar-lhe assim...)

Tudo isto também é amor e oração
E chegará, com certeza, aos olhos e ouvidos de Deus.

Ficai em Paz, com Paz nas vossas vidas e nos vossos corações

Vila Nova de Gaia, 03 de Julho de 2014
Ana Maria Roseira (in: Saborear a poesia..." - Coletânea Poética "Louvor aos Poetas" - 2015)

Lido por Irene Silva

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