O ÚLTIMO DESEJO
Quando eu morrer (ou
pensarem que morri),
Não me vistam de preto,
em de escuro junto ao rosto;
É mórbido e triste para
quem já não tem vida.
Não me abafem com muitas,
muitas flores;
Apenas algumas
De preferência singelas,
ou dos vasos e jardins.
Façam algumas preces pela
minha alma.
Mas falem comigo,
Mesmo que não ouçam as
minhas respostas.
Reúnam-se à volta do meu
caixão,
E façam uma tertúlia, sem
lágrimas de tristeza.
Cantem e toquem viola, se
puderem.
E sobretudo, digam
POESIA!
Estarei lá se me
deixarem.
Ouvirei e ficarei
eternamente grata.
Partirei em Paz e feliz
E, se possível, com o meu
melhor sorriso.
E já agora se não é pedir
demais.
Leiam em voz alta este
poema
(sé que posso chamar-lhe
assim...)
Tudo isto também é amor e
oração
E chegará, com certeza,
aos olhos e ouvidos de Deus.
Ficai em Paz, com Paz nas
vossas vidas e nos vossos corações
Vila Nova de Gaia, 03
de Julho de 2014
Ana Maria Roseira (in:
Saborear a poesia..." - Coletânea Poética "Louvor aos Poetas" -
2015)
Lido por Irene Silva
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