CANTIGA, PARTINDO-SE
Senhora, partem tão
tristes
meus olhos por vós, meu
bem,
que nunca tão tristes
vistes
outros nenhuns por
ninguém.
Tão tristes, tão saudosos
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da
vida.
Partem tão tristes os
tristes
Tão fora d’esperar bem,
Que nunca tão tristes
vistes
Outros nenhuns por
ninguém.
João Roiz de
Castelo-Branco
in “800 anos de poesia portuguesa”
lido por Céu Guedes
Sem comentários:
Enviar um comentário