O
SILÊNCIO DOS MORTAIS!
Naquele
recôndito recanto abandonado
onde
apenas silvam vendavais
tão
longínquo e desinteressado
ali
jaz o silêncio dos primórdios mortais.
Do
homem ao princípio das suas raízes
há
uma incógnita ainda incompreensível
talvez
por uma razão divina de forças motrizes
ninguém
sabe ao certo como foi possível.
Fazem-se
imaginárias conjeturas apenas
de
onde veio a humanidade vital
talvez
dum recôndito canto em Atenas
ou
quiçá, dos mares profundos de Portugal.
Entoam
do profundo das entranhas
cavernosas
toadas vindas do além
parece
o esfregar de metálicas unhas
como
que ali estivesse alguém.
O
homem tem receio do silêncio
medo
dos vermes que o consomem
que
eu saiba, nem sequer existe um vestígio
da
tumba do primeiro homem.
Demonstra
conhecimento de coragem aguerrida
de
inúmeras divagações e proezas fundamentais
no
mais profundo da terra prometida
silencia
o vazio tumular dos mortais.
Uma
árvore de grande porte morre por haver
bem
enraizada na terra e sem vacilar
todos
nós havemos um dia morrer
sem
connosco nada levar.
Eu
não sei onde as minhas raízes jazem
sei
apenas que fui gerado pelos meus pais
e
os meus parcos conhecimentos dizem
que
pertenço ao silêncio comum dos mortais.
ArtCar
(Artur Cardoso)
06-06-2016
lido por Fátima Cardoso
lido por Fátima Cardoso
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