terça-feira, 25 de outubro de 2016

A POESIA É LIVRE


A POESIA É LIVRE

Por lerem meus poemas, amordaçaram
A vontade de quem os queria conhecer
No ciúme do critério impuseram
O que podiam ou não ler

E são nestas amarras da impotência
Em compungido silêncio da proibição
Que nos mergulham no silêncio da noite
Dizendo, sabedoria! Não e não!

E a tristeza que se via em seus olhos
Eram os mesmos olhos que se via alegria
Quando eles poisavam nas folhas
De um livro de poesia

E no dia em que não te deixes amordaçar
Terás nessa razão a força da tua revolta
Voltaras a ter vontade de abraçar
Os poemas que andem à tua volta

Amarás os poemas e até os declamar
Ris, choras e faças o que fizeres
Ama se quiseres voltar amar
E lê os poemas que tu quiseres

Foz do Douro 30 Setembro 2016
António D. Lima

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