terça-feira, 29 de março de 2016

O ADEUS


O ADEUS

Rasga-se o véu do meu pranto aturado,
Acordo de um sono profundo malogrado,
Quebro as correntes que me prendem,
E subo às alturas em voo livre tal borboleta dourada
Que o sol faz cintilar em manhã de Primavera.

Namoro a natureza, acarinho a terra negra e desolada,
Ressuscita a vida que desponta da terra fria!
Revivo o amor que nasce na alvorada,
Meu coração se enche de cor, esperança e alegria!

E num bailado de amor voando de flor em flor,
Coabito com a tristeza que teima ensombrar meu dia,
Volto as costas ao passado que me oprime,
Fito meus olhos no céu e faço uma prece de amor
Adeus, até nos encontrarmos um dia.

E quando desce a noite, beija-me o luar de prata,
Orlando meus sonhos com raios de luz
Uma galáxia de estrelas me acaricia e acena,
E uma entre todas mais brilhante me incentiva,
Anda, segue o teu curso sem medo, continua…

Ester de Sousa e Sá

in “Poetas da Costa Verde”

Sem comentários:

Enviar um comentário