Sou ilha, nasci de uma ilha
Uma ilha derramada em campos de oceano
Perdida… entre os verdes e azuis
E penedos… e neblina
Uma ilha princesa
Serpenteando lagoas
Espelhos de água…
Liberta em velas de luar
Os meus caminhos são de água
E a minha cidade… de mar
Um mar… que me envolve…
E me penetra o corpo e a alma
Um mar que me enrosca…
E me dilui… na busca do seu
Próprio infinito!
Um mar manso… e tépido… e doce
Em tonalidades de prata e azul
Um mar de águas levianamente arrepiadas
Que guarda no sei seio, grutas de sonho
E florestas de algas… e crateras virgens de lava
E sal… e sombra… e vida!
Dum mar que se causa do seu doce
Marulhar monótono e triste…
E de repente… em rebeldia…
Se ergue em vagalhões de arrepio e de irrequietude
Ana Maria Neto Viveiros
Lido por Luísa Colaço
Sem comentários:
Enviar um comentário