SEM VELAS E SEM MASTROS
O Barco balança ao sabor das ondas.
Não quer saber do vento ou da chuva.
E a trovoada vem longe. Há tempo.
Velas abertas, convosco o barco avança.
Olhem as pontas soltas!
Agucem a paciência e fortaleçam a essência.
Calma. Não precisam de o tempo atropelar.
Forte, é o mastro que é o pilar.
Segura os rochedos e ultrapassa tempestades.
Matrimónio selado com o cansaço,
recorda-se de cumprir os votos: Prossegue!
Quando as velas se rasgam,
o mastro se parte, e o desespero exalta-se no ar,
o barco da vida muda de rumo,
limpa a proa e enfeita a noiva.
Resigna-te. Acredita.
Terás novos mares navegáveis!
Cristina Maya Caetano
in "Colectânea Galeria Vieira Portuense 2015"
Sem comentários:
Enviar um comentário