quarta-feira, 21 de outubro de 2015

NAS PALAVRAS QUE VOAM


NAS PALAVRAS QUE VOAM

Nas palavras que voam
Há silêncios parados
De histórias que contam
Sonhos perdidos, sonhados…

Palavras que não voltam
A raiz do pensamento;
Sonhos que se revoltam
E regressam em lamento.

Gravadas a preceito
São punhais a ferir de dor;
Atingem forte no peito
Com ódio, com amor...

Mas a magia é tão forte
Numa palavra sentida
Que até se rende a morte
A palavra que é vida...

Jorge Braga

in Amenas Tempestades

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