A MINHA TERRA
Penedono é a minha terra
Onde eu nasci
Já conheço vários
castelos
Mas tão bonito como
aquele nunca vi
Como Penedono está bonito
E bem arranjado
Tem lá um bonito castelo
E um bom largo do mercado
Terra de boa castanha
E de gente popular
Temos também a Santa
Eufémia
Que todos gostam de
venerar
Sou natural da Beira Alta
Com muito gosto
Mas tenho o desgosto
De não o poder habitar
Por certas circunstâncias
da vida
Tive de me ausentar
Sou da Beira Alta
Distrito de Viseu
Terra de Viriato
Gosto muito de lá ir
E raramente por lá passo
Eu sou de muito longe
Para lá das terras do
demo
Sou de um concelho tão
bonito
E não deve haver outro
mais pequeno
Penedono quando eu o
habitava
Parecia um homem velho
Agora está um rapaz novo
Mudou o visual
E ficou mais jeitoso
Esta brisa que passa
Está-me a deixar sem
graça
Por estar a recordar o
dia em que eu nasci
Nesta aldeia pequena tão
graciosa e serena
Estou muitas vezes a
pensar em ti
Oh que saudades eu tenho
da minha aldeia
Saí de lá contrariada
Quero regressar com novas
ideias
E espero um dia voltar
nem que seja
Para no cemitério os meus
ossos repousar
Já morei perto da Serra
do Serigo
E por ali não havia gente
sem abrigo
Todos tinham uma cama
para se deitar
Só que o frio era tanto
Que não era fácil de
suportar
Gostava de ser uma abelha
Ser dona de uma colmeia
E produzir muito mel
Para dar às crianças
pobres
Da minha aldeia
Ó terra de Penedono
Terra que me viu nascer
Penso em ti todos os dias
De manhã ao anoitecer
Mafalda Lopes
in “O Último Grito”
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