quinta-feira, 24 de setembro de 2015

LIBERDADE


LIBERDADE

Liberdade querida, e suspirada,
Que o despotismo acérrimo condena;
Liberdade, a meus olhos mais serena
Que o sereno clarão da madrugada:

Atende à minha voz, que geme e brada
Por ver-te, por gozar-te a face amena;
Liberdade gentil, desterra a pena
Em que esta alma infeliz jaz sepultada.

Vem, oh deusa imortal, vem, maravilha,
Vem, oh consolação da humanidade,
Cujo semblante mais do que os astros brilha:

Vem, solta-me o grilhão de adversidade;
Dos céus descende, pois dos céus és filha,
Mãe dos prazeres, doce Liberdade!

Bocage

Lido por Alzira Santos

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