quarta-feira, 29 de julho de 2015

TEMPO


TEMPO

Há palavras e abraços que as horas afastaram
Mas o tempo não os matou
Há um lugar tão vazio do teu corpo
E tão cheio dos sorrisos
que hoje choro.
Há um poema que perdeu a voz
Mas quis o papel guarda-lo.
Há pegadas que o caminho recusou gravar
Mas ficou nos sapatos
a marca da calçada...
Há nos ponteiros do relógio um bailado apressado
Não sei se nos afasta ou se torna o tempo mais curto
Para que nos possamos reencontrar.

O velho calendário, aquele
que separou as nossas mãos
Traz-me tanto de ti e leva tanto de mim
em cada página virada.
Mas eu acredito,
mesmo que seja ilusão, não importa...
Porque eu quero acreditar!
Acredito que um dia os nossos caminhos
se voltem a cruzar
E as nossas mãos se voltem a encontrar
num abraço só teu
Que guardo para te dar.

Celina Parente

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