Transporto-me
para
outro lugar
oriente
de emoções
que
permanecem
numa
miragem
Sinto
o quente do chão
vejo
o templo onde
estive
um dia
quiçá
numa
outra dimensão
chão
de poeira fina
poço
de água divina
Guerreira
de mim
rasgo
o véu
com
que me fizeram
prisioneira
Molho
os lábios gretados
pelo
vento tórrido
olho
o além
como
se dele
fizesse
parte
Sigo
a jornada
encontro
as respostas
na
nudez de um
espírito
inquieto
marcado
de escravidão e de liberdade
Teresa Hespanha
in “Reflexos”
Lido por Maria de Lourdes Ferreira
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