quarta-feira, 25 de março de 2015

NA JANELA DAS ESTRELAS


NA JANELA DAS ESTRELAS

Na garganta escura
E penedo a pique,
Vive a águia solitária.
Não tem medo à solidão…
Quando quer
Mergulha no abismo,
Eleva-se nos ares
E são seus
Os povoados distantes,
Os rebanhos das serranias
E as cristas mais altas.

Única senhora
Do seu ninho
Do seu picão
E do abismo,
Ao abrigo dos ventos da noite,
Na janela das estrelas!

Minha águia prateada,
Leva-me no sonho
De tuas asas velozes
Ao teu ninho
Numa noite de Luar…
Então me contarás
Os segredos e palpitações
Das alturas!

Telmo Ferraz
in “A Mulemba e o Grão de Areia”
Lido por Ester de Sousa e Sá

Sem comentários:

Enviar um comentário