SOLTEI AS MÁGOAS NO RIO
No rio solto as mágoas
deixo-as esbatidas,
marulhadas nas fragas
limpas, polidas
por tão frescas águas.
Disperso a tristeza,
desfaço-me das mágoas
em tão bela natureza,
espuma...
Do corredio das águas,
que de mim levam a tristeza,
escorrida em tanta beleza.
Murmúrios, sinfonia,
essências da natureza.
_Voltei a ser eu, com certeza!?
E no marulhar
das pedras esbatidas
sinto-me pr’amar
no esquecer
das tristezas sofridas,
sem mais as querer!
Libertei-as nas lágrimas passadas
de um flúmen…
Adunado com as cristalinas lágrimas,
no agitar-se e rebos brunidos,
das límpidas águas.
João Nunes Carneiro
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