ONDE ESTÁS?
Já de verdes rebentos
Os galhos se enfeitam.
Já pequenos caules
Suas hastes deitam
À bênção do Sol.
E tu, onde estás, ó meu amor?
Não te veio na névoa
Do entardecer
E não te vi ao raiar do dia.
Escuto e não oiço
A tua alegria!
Onde estás, ó meu amor?
Já a onda enrola a sua espuma
E o monte ainda coberto de caruma,
Mas onde estás, ó meu amor?
A noite vem e tu não estás.
O vento vem e não te traz.
O pinhal ondula,
A lua serpenteia,
Tremeluz ao longe
Estrela, como candeia!
E tu, onde estás, ó meu amor?
Já as corolas
Para o sol se enfeitam,
Já as estrelas no céu se deitam,
Meigos pardais asas batendo,
Brancos pombais escurecendo
Falam de ti,
Mas não te trazem, ó meu amor!
Será que ainda pensas em mim?
Maria Irene Costa
in “Silêncio Branco”
Gostei muito. Linda poesia!
ResponderEliminar