quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ILHA VERDE



ILHA VERDE

Na ilha verde
Húmida de musgo,
Sonhos líquidos
Ao sol navegam.
Trazem na boca peixes prateados,
Feridos no anzol onde foram aprisionados…

Tão cheio de luz o fim daquela tarde!
Tão negro o crepúsculo
Tudo ensombrado;
Na mão, um violino e no peito que arde
A gaivota perdida, cega voando…

As palavras cansadas de tanto falar
E de nada dizer
Observam caladas o anoitecer…

O pássaro vermelho
De peito amarelo,
Entoa um cântico
Belo… tão belo!...

Na mão um violino
Tocando sonhos a acender,
Na ilha verde, húmida de musgo…

Irene Costa

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