ILHA VERDE
Na ilha verde
Húmida de musgo,
Sonhos líquidos
Ao sol navegam.
Trazem na boca peixes prateados,
Feridos no anzol onde foram aprisionados…
Tão cheio de luz o fim daquela tarde!
Tão negro o crepúsculo
Tudo ensombrado;
Na mão, um violino e no peito que arde
A gaivota perdida, cega voando…
As palavras cansadas de tanto falar
E de nada dizer
Observam caladas o anoitecer…
O pássaro vermelho
De peito amarelo,
Entoa um cântico
Belo… tão belo!...
Na mão um violino
Tocando sonhos a acender,
Na ilha verde, húmida de musgo…
Irene Costa
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