SÍSIFO
Ó Sísifo tu acalentas
A alma de lividez
Porque desfalecido retomas
A dura pedra outra vez…
Tu levas para diante
Em tortura desmesurada
A pedra ainda imberbe
Para de novo ser lançada…
Mas tu sabes que não traçaras
Novo rumo em teu norte
Os Fados impunemente fadaram
Que assim fosses até à morte!
Mas eterno tu és ó rei!
Os Fados te amaldiçoaram!
Beberás sempre com dureza
Angústias que só eles talharam…
Também eu sou como tu
Pelos deuses severamente punida
Pois deixei escorregar a pedra
E não me rendi vencida!
Acilda
Almeida
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