quinta-feira, 26 de junho de 2014

BUSCA



BUSCA

Luz, ânsia, piedade,
que antes nunca eu pudera ver,
do agora, não, sinto saudade,
d’aquele sonho, ou não, que quero ser.

No porto, o canto navegante,
vindo, do mar o mais profundo,
quando passas eu sempre errante,
na morte, sonho a vida num segundo

Em altos sonhos, me diluo,
por ignorância, no ar, fico amarrado,
me engasgo, não, eu me procuro,
em projectos de vida, ou sonho, ou sonhando.

Ricardo Braga
lido por Rita Braga

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