segunda-feira, 26 de maio de 2014

SEI O TEU SABOR… SAUDADE!



SEI O TEU SABOR… SAUDADE!

Sei tão bem, o teu sabor…
Às vezes, é amargo, como a própria amargura, outras,
doce, como se ausência, alguma vez, fosse doçura!
A verdade, é que tu és um misto agridoce, saudade!

Sei bem o teu sabor…
Porque quis muito alguém, que eu concebi, gerei, pari,
criei, cuidei e ajudei a crescer.
Por isso, saudade, sabe a sofrimento, a choro, a riso,
a tudo o que senti, enquanto o tempo, fazia uma mulher.

Sei bem, o teu sabor Saudade…
És cega, surda, muda, mas tens gosto,
cheiro, voz, frio e calor.
Tens até silhueta, silenciosa, doce, volátil,
serpenteando em meu redor.
Saudade, tu és crueldade, ansiedade, e imensa dor!

Sei tão bem o teu sabor…
Sabes, a chegada, a romper d’aurora,
a aleluia, o jardim em flor!
Tens o gosto, de ausência, de partida, de lágrima amarga contida,
que queima por dentro,
tens também, sabor a lamento.

Sei tão bem o teu sabor…
És a força que me derruba e me levanta,
És a escora, que me suporta, e a razão pela qual resisto.
Saudade, tu és tudo isto!

Oh, como te conheço bem…
Sei tão bem o teu sabor!
Sabes a Dor e… a Amor de Mãe!!!

Alice Queiroz
lido por Maria Helena

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