sábado, 24 de maio de 2014

LUTAR SEM ARMAS



LUTAR SEM ARMAS

Já chorei o que tinha a chorar hoje!
Só amanhã talvez… ou talvez não!
Minha aventura anda arredia e foge
E eu impotente p’ra deitar-lhe a mão!

Mas hei-de resistir! Que não me arroje
Como vencida, a soluçar, no chão!
Não vou deixar que qualquer dor me anoje
Mesmo que fira, fundo, o coração.

Lutarei sempre, mesmo contra mim
Se for o caso. E, sem desfalecer,
Continuarei de pé, chorando ou não.

Luto sem armas, sem qualquer bordão!
Só com coragem… P’ra ganhar?... Perder?
- Ninguém irá sabê-lo antes de mim.

Maria Ramajal Jorge
16-10-2003
in “Na flor da velha idade”
lido por Leonor Reis

Sem comentários:

Enviar um comentário