quinta-feira, 17 de abril de 2014

DESEJO



DESEJO

Desejava ser ave,
Ter penas leves
E que as minhas asas
Me levassem longe;
O Sol com seus raios,
No céu me aquecesse;
Que o frio não viesse
Minha paz perturbar
E que o vento não fizesse,
Minhas penas abanar!

Assim, esquecida pelo frio e vento
Minhas penas parassem
Perdidas no tempo…

Se as minhas penas
Pesadas não fossem,
Num flor queria pousar,
Para o seu perfume
Me deleitar…

Num sofrimento
Impossível de ser,
As minhas penas não queria ver!

Leves como a ave,
As minhas asas desejava ter…

Maria Irene Costa
in “O livro da Nena”

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