ALMA DE POETA
Alma de poeta é alma fremente
Desalentada sonhando em emoção
Alma insatisfeita, alma dolente
Vibrando em rendilhado na ilusão…
No mesmo instante ela cinge e desmente
O vazio e a durez do mundo vão
E tecendo quimeras firmemente
Sonha o mundo impuro na retidão!
Alma de poeta insana e pueril
Que esculpes as estrelas a esmaiar
E tinges de ouro o mundo em sonhos mil…
O mundo não é aria em doce agrado
Porque teces a luz sempre a raiar
E teimas em o ver sem sombreado?...
Acilda Almeida
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